10 de março de 2014

Pesadelo em Maputo (parte II)

 
 

E quando se diz que um mal nunca vem só… Cada dia uma surpresa.

Bateram no nosso carro, não foi um acidente de circulação, estava bem estacionado, mas simplesmente alguém foi direitinho contra o nosso Toyota. O meu marido chega e vê uma multidão de gente em redor do carro. É de imediato abordado pela responsável, que assumiu a culpa a dizer que se enganou e em vez de marcha atrás, carregou a fundo no acelerador e levou à frente 3 viaturas…

Chamaram a polícia para dar conta da ocorrência, mas passados 40m sem aparecer ninguém decidiram todos dirigirem-se à esquadra. O auto do sinistro foi feito. Nada de computadores, tudo manual, mas até que foi rápido.

Apesar do nosso carro ter ficado com a porta do condutor para dentro, circulava. Até ao dia seguinte, quando insiro a chave na ignição e o motor simplesmente não liga, não dá sinal, nada. Sem carro, andar a pé em Maputo com o calor que se tem feito sentir, é sinónimo de sauna. No problem, táxi para cima, táxi para baixo.

Não, mas as situações não ficam por aqui… Como já disse mudámos de casa (que curiosamente fica ao virar da esquina da mesma rua onde morávamos). O apartamento foi totalmente remodelado com direito a electrodomésticos novinhos a estrear. Quando uso a máquina de lavar roupa pela primeira vez e esta chega ao programa de centrifugação, oiço um estrondo enorme, vou a correr até à cozinha e vejo a máquina a saltar! A força era tal que empurrou o frigorífico que estava mesmo ao lado.

Previamente, foi necessária a instalação dos tubos de entrada e saída de água. Estiveram responsáveis por esse trabalho um canalizador e um electricista, que supostamente deixaram a máquina pronta a usar, mas só se esqueceram de um procedimento básico: aplicar os parafusos que fixam os pés à máquina, que é a primeira informação que vem no livro de instruções (que estando em inglês, acredito que nem lhe tocaram) pois claro que isso não foi feito e a máquina mais parecia uma bailarina numa pista de gelo. Como se não bastasse, os parafusos e as bases para os 4 pés “desapareceram” calculamos que tenham deitado fora… Estamos sem máquina de lavar, a área da lavandaria da casa não tem tanque e a Luísa, coitada, lá vai tratando de alguma roupa como pode.

Volto a relembrar as situações que aconteceram:
  • A casa (anterior) ia pegando fogo
  • A casa de banho (da casa anterior) foi invadida pelos dejectos da vizinha
  • Tivemos que procurar e mudar de casa de um dia para o outro
  • Ficámos sem chave da nova casa durante 3 dias
  • Ficámos sem carro
  • A máquina da roupa “ganhou vida própria”

Não são situações graves, é um facto, mas já lá vão 2 semanas non stop, o que é que se passa aqui???

Daqui por 3 semanas viajo para Lisboa e até lá espero que tudo se recomponha. Tendo em conta os últimos acontecimentos, we never know…

África e os problemas do dia-a-dia.




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