31 de março de 2014

Depois dos Trinta


 
Cheguei a Lisboa na 6ª feira e Sábado foi o meu aniversário. Neste post não vou escrever sobre Moçambique, mas antes uma retrospectiva que dei por mim a fazer depois dos meus trinta anos e que decidi partilhá-la aqui.

A maneira como tenho vivido este dia vai sendo diferente ano após ano. Menos efusiva mas mais enriquecedora. Menos festiva mas mais valiosa. Enfim, aos 18 anos preparava a festa com 2 meses de antecedência. Aos 25, fazer anos era sinónimo de jantarada com os amigos e saída obrigatória com direito a brindes e dançar a noite toda. Aos 30 a mesa de amigos fica mais restrita e as conversas prolongam-se noite dentro entre risadas e boas recordações. E assim vai sendo ano após ano. Este foi uma boa surpresa e tive um dia e noite muito festivo com direito a muitos brindes e muita "alegria" à mistura!

Fazendo uma análise dos projectos de vida a que me propus. Constato que os sonhos que queria ter alcançado aos trinta, chegaram mais tarde e alguns ainda não chegaram. A visão que tinha do amor é diferente, a vida ensinou-me que no que respeita a sentimentos nada pode ser exigido, ou se tem ou não se tem e só podemos dar aquilo que temos. No campo amoroso penso que acertei à primeira e quero que este amor exista sempre!  

No que respeita a amizades, depois dos trinta, as que permanecem na minha vida são valiosas e é tão bom rir com quem conhecemos bem! Passei também a ter os “amigos” do facebook que estão sempre ali à distância de um clique. É bom partilhar sorrisos e sabe bem receber conforto quando precisamos e nisso os “amigos” facebokianos são The Best!

Dei por mim a saborear a vida com mais tranquilidade e dar atenção a pormenores que me passavam despercebidos. Deixei de viver numa busca alucinada por respostas que não encontro. Aprendi a contornar o que não me faz bem e deixar de dar importância ao que na verdade não interessa.

Continuo a ser um poço de saudades sim, continuo uma lamechas é verdade, mas no que respeita a sentimentos, vivo-os muito intensamente e para mim só assim faz sentido viver.

Aprendi que o melhor investimento que posso fazer é em mim mesma, sinto-me bem (quase) todos os dias. Sou mais forte do que pensava ser, quando me surpreendi a ultrapassar situações dolorosas quer física quer psicologicamente. A vida às vezes prega-nos partidas, mas depois dos trinta constatei que o caminho a seguir é o mesmo, só muda a forma de caminhar. Aprendi a viver o aqui e agora sem esperar muito pelo amanhã. O que tiver que ser será, mas continuo a lutar pelo que quero e não esquecendo, claro, que da minha lista de objectivos de vida, ainda tenho uns quantos a realizar!

Depois dos trinta, acho que me auto mediquei, estou com quem gosto e me faz sentir bem e não tenho paciência para agradar a gregos e troianos, ou sim ou não. Eu, sou simplesmente Eu.

E é isto. Depois dos trinta e alguns… Apercebo-me que a minha postura perante a vida é diferente e como já li algures: A Mulher depois dos trinta é Leoa!

Sou trintona e tenho que admitir, eu sou o máximo J

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