Cheguei a
Lisboa na 6ª feira e Sábado foi o meu aniversário. Neste
post não vou escrever sobre
Moçambique, mas antes uma retrospectiva que dei por mim a fazer depois dos meus
trinta anos e que decidi partilhá-la aqui.
A maneira como
tenho vivido este dia vai sendo diferente ano após ano. Menos efusiva mas mais
enriquecedora. Menos festiva mas mais valiosa. Enfim, aos 18 anos preparava a
festa com 2 meses de antecedência. Aos 25, fazer anos era sinónimo de jantarada
com os amigos e saída obrigatória com direito a brindes e dançar a noite toda.
Aos 30 a mesa de amigos fica mais restrita e as conversas prolongam-se noite
dentro entre risadas e boas recordações. E assim vai sendo ano após ano. Este foi uma boa surpresa e tive um dia e noite muito festivo com direito a muitos brindes e muita "alegria" à mistura!
Fazendo uma
análise dos projectos de vida a que me propus. Constato que os sonhos que
queria ter alcançado aos trinta, chegaram mais tarde e alguns ainda não
chegaram. A visão que tinha do amor é diferente, a vida ensinou-me que no que
respeita a sentimentos nada pode ser exigido, ou se tem ou não se tem e só
podemos dar aquilo que temos. No campo amoroso penso que acertei à primeira e
quero que este amor exista sempre!
No que
respeita a amizades, depois dos trinta, as que permanecem na minha vida são
valiosas e é tão bom rir com quem conhecemos bem! Passei também a ter os “amigos”
do facebook que estão sempre ali à distância de um clique. É bom partilhar
sorrisos e sabe bem receber conforto quando precisamos e nisso os “amigos”
facebokianos são The Best!
Dei por mim a
saborear a vida com mais tranquilidade e dar atenção a pormenores que me
passavam despercebidos. Deixei de viver numa busca alucinada por respostas que
não encontro. Aprendi a contornar o que não me faz bem e deixar de dar
importância ao que na verdade não interessa.
Continuo a ser
um poço de saudades sim, continuo uma lamechas é verdade, mas no que respeita a
sentimentos, vivo-os muito intensamente e para mim só assim faz sentido viver.
Aprendi que o
melhor investimento que posso fazer é em mim mesma, sinto-me bem (quase) todos
os dias. Sou mais forte do que pensava ser, quando me surpreendi a ultrapassar situações
dolorosas quer física quer psicologicamente. A vida às vezes prega-nos partidas,
mas depois dos trinta constatei que o caminho a seguir é o mesmo, só muda a
forma de caminhar. Aprendi a viver o aqui e agora sem esperar muito pelo amanhã.
O que tiver que ser será, mas continuo a lutar pelo que quero e não esquecendo, claro, que da minha lista de
objectivos de vida, ainda tenho uns quantos a realizar!
Depois dos
trinta, acho que me auto mediquei, estou com quem gosto e me faz sentir bem e não tenho paciência para agradar a gregos e troianos, ou sim
ou não. Eu, sou simplesmente Eu.
E é isto. Depois
dos trinta e alguns… Apercebo-me que a minha postura perante a vida é diferente
e como já li algures: A Mulher depois dos trinta é Leoa!
Sou trintona e
tenho que admitir, eu sou o máximo J